Boa tarde ♥
Trago-lhes mais uma indicação de livro, que neste caso trata-se de um clássico, eu não poderia deixa-lo de fora da lista #livrosdasemana. Eu tive a oportunidade de lê-lo ano passado. O que posso dizer de Hermann Hesse ? E-S-C-R-I-T-O-R I-N-C-R-Í-V-E-L.
Fiquei completamente fascinada com a desenvoltura dos aspectos existenciais apresentados no livro.
Hesse lidou com o problema e a experiência da mudança, o livro foi escrito durante a Primeira Guerra Mundial, sendo publicado um ano após o fim da mesma, 1919.
“Emil Sinclair é um jovem atormentado pela falta de respostas às suas questões sobre o mundo. Ao conhecer Max Demian, um colega de classe precoce e carismático, Sinclair se rebela contra a convenções de seu tempo e embarca em uma jornada de descobertas. Publicado originalmente em 1919, este clássico, considerado um divisor de águas na trajetória de Hermann Hesse, reflete os questionamentos do escritor alemão acerca da humana, com suas contradições e dualidades. Influenciado pelas ideias de Carl Jung, fundador da psicologia analítica, Hesse descreve o processo de busca do indivíduo pela realização interior e pelo autoconhecimento.”
O livro fala abertamente sobre diferentes pontos da vida de Sinclair introduzindo-o à maturidade, vendo o mundo com uma nova perspectiva, sendo que uma dessas é que “não há (o todo mal e o todo bom)”, é um livro enigmático, que fala sobre a entidade Abraxas, apresentando também referências bíblicas como O Sinal de Caim e Gólgota. Trata de misticismo e autoconhecimento, da busca da essência do Eu¹.
A parte de minha vida que tive de arrancar às potências sombrias ofereci-a em sacrifício aos poderes luminosos. Meu fim não era o prazer, mas a pureza; não a felicidade, mas a espiritualidade e a beleza.
O amor não era obscuro instinto animal, como a princípio o havia suposto; tampouco piedosa adoração espiritual, como a que consagrara à imagem de Beatrice. Eram ambas as coisas, ambas e muitas outras mais: era anjo e demônio, homem e mulher em um, ser e fera, sumo bem e profundo mal. Eu o desejava e temia; mas estava sempre presente, sempre acima de mim.
O acaso não existe. Quando alguém encontra algo de que verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa; seu próprio desejo e sua própria necessidade a conduzem a isso.
A maioria das pessoas vive também em sonhos, mas não nos próprios, eis aí a diferença.
O verdadeiro ofício de cada um era apenas chegar até si mesmo. Depois, podia acabar poeta ou louco, profeta ou criminoso.
“I have no right to call myself one who knows. I was one who seeks, and I still am, but I no longer seek in the stars or in books; I’m beginning to her the teachings of my blood pulsing within me. My story isn’t pleasant, it’s not sweet and harmonious like the invented stories; it tastes of folly and bewilderment, of madness and dream, like the life of all people who no longer want to lie to themselves”.
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Sobre o autor :
Herman Karl Hesse (1877-1962), foi um escritor e pinto alemão, que em 1923 se naturalizou suíço, Em 1946 recebeu o Prêmio Goethe e, passados alguns meses, o Nobel de Literatura. Nascido em uma família religiosa, Hesse realizou uma viagem à Índia em 1911 para travar um contato com a espiritualidade oriental. Suas demais obras renomadas são: Sidarta (1922); O Lobo da Estepe (1927); Narciso e Goldmund (1930);O Jogo das Contas de Vidro(1943).
Fontes e referências: 1* Wikipédia | Wikipédia | Notaterapia |
Demian me marcou bastante quando li, lá pelos meus 15 anos, e acho que por eu estar passando pela adolescência, que é cheia de mudanças, os aspectos existenciais do livro me tocaram particularmente. Gosto muito do Hesse, não costumo reler livros de ficção, mas alguns dele são sempre um prazer, especialmente Narciso e Goldmund, que é meu favorito 🙂
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Narciso e Goldmund eu nunca li, mas quero muito. São tantos livros bons pra ler, mas sempre falta ou tempo ou dinheiro kkkkkkk
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Um grande livro, valeu pela lembrança!
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Sem dúvida um grande livro, amei a leitura 😀
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Eu já li muita coisa do Hesse e ainda que Sidarta, Narciso e Goldmun e o Lobo da Estepe sejam obras de referência, Knulp é magistral. De todas as obras foi a que mais mexeu comigo. Mais recentemente, li O jogo das Contas de Vidro, dele também – uma boa reflexão sobre o isolamento intelectual humano.
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Fiquei completamente apaixonada por Demian, sendo o único de Hesse que li, quero muito ler outros do autor. 😀
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Sidarta é geralmente por onde começam, já que fala da vida do buda até sua iluminação
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Esse livro é incrível. Foi uma leitura que me marcou bastante e mudou de certa maneira o modo como eu via o mundo. Hermann Hesse é escritor genial. Li dele O Lobo da Estepe e Sidartha, mas Demian é de longe o meu preferido, apesar de O lobo da Estepe ter falado muito comigo durante a leitura. Ótima indicação.
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Concordo Rafa, o livro realmente é uma ótima opção para se ler.
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